sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Vitas-Eu Repito o Seu Nome (poema original de Federico Garcia Lorca)



Poema original:

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Poema adaptado por Vitas ("Eu repito seu nome")

Eu repito seu nome
na escuridão silenciosa das noites,
quando as estrelas se reúnem perto da lua
no caminho enluarado sobre a água.
E nesse momento eu tenho a impressão que estou
em um vazio, sem qualquer som e qualquer dor,
ou eu sou um relógio louco
que canta inevitavelmente sobre o passado.

Eu repito seu nome
na escuridão silenciosa das noites,
E soa tão longe
como nunca soou antes.
Este nome é mais valioso do que as estrelas
e é mais triste do que uma chuva cansada.
Eu tenho um medo de me parecer como um relógio,
que canta inevitavelmente sobre o passado.

Eu repito seu nome
na escuridão silenciosa das noites,
Poderia eu ser capaz de te amar do mesmo jeito
como nos amávamos antigamente?
E como será o meu amor?
Ele vai ser puro e leve, eu sei.
Eu tenho um medo de me parecer como um relógio,
que canta inevitavelmente sobre o passado.

Eu repito o seu......

(Tradução de Donald Manso; letra reeditada por Tatianna Raquel)

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